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Quando o entretenimento e o lazer encontram o investidor imobiliário

May 16, 2024

Mercado brasileiro tem enorme potencial para seguir pares estrangeiros e abrir as portas para investidores, como os de FIIs, desfrutarem dos retornos da grande indústria do entretenimento.

No passado, as pistas de karts dominavam o interesse da garotada (e também de seus pais). As arenas de paintball também tiveram seu auge nos anos 1990 e 2000. Mais recentemente, o chamado “Escape game” teve seus dias de glória (e ainda vive parte deles), reunindo jogadores em busca de pistas para desvendar enigmas e vencer desafios.

Os anos passam e o foco muda de tempos em tempos, mas é certo que o brasileiro está sempre em busca de um novo tipo de diversão para chamar de seu.

Em grandes cidades como São Paulo, moradores endinheirados historicamente recorreram a clubes como Pinheiros, Paineiras, Harmonia, Hebraica e outros para desfrutar do lazer, um respiro em meio ao caos urbano. Esse desejo não mudou, mas é certo que esses espaços já estão cheios e também não dão mais conta de atender às novas demandas de experiências sociais, o que tem despertado o potencial de novos tipos de empreendimentos com foco no lazer.

Essa demanda ficou ainda mais expressiva depois da pandemia, com mais famílias interessadas em ter uma segunda casa fora das grandes capitais ou mesmo de olho em atrações diferenciadas a poucos quilômetros de seus lares.

Para os amantes de surf, a JHSF (JHSF3) tem seu projeto São Paulo Surf Club, na região do Real Parque, enquanto a KSM Realty, a Realty Properties e o BTG Pactual (BPAC11) estão à frente do Beyond The Club, um clube contemporâneo localizado ao lado da ponte Transamérica.

Ainda na capital paulista, arenas como o Allianz Parque têm se superado na diversidade, na inovação e no tamanho dos eventos promovidos. Para as crianças, há uma proliferação de parques de trampolins e até o novo e esperado parque de diversões Animália Park, em Cotia.

Para além da pandemia, existe outra razão que explica a demanda por novos espaços de entretenimento mais próximos das capitais: a financeira. Para ter uma casa nos badalados condomínios fora de São Paulo, a principal referência dessa tendência, é necessário desembolsar algumas dezenas de milhões de reais, o que restringe bastante a parcela relevante do público interessado.

Também é incerto o tempo necessário de deslocamento, considerando a infraestrutura de acesso às praias e aos campos, o que contribui para a decisão de ter grandes atrações de lazer onde se mora, prezando pela comodidade.

Nesse sentido, as oportunidades estão cada vez maiores para os investidores. Essa tendência do entretenimento tem ajudado a ressignificar regiões até então industriais, com seus antigos galpões dirigidos para novas finalidades, e até mesmo edifícios em regiões residenciais, que hoje estão podendo se transformar em clubes de gamers — como ocorreu na avenida Angélica, em São Paulo.

A concessão à iniciativa privada de espaços públicos, como os parques Ibirapuera e Villa-Lobos, do Zoológico e do Jardim Botânico de São Paulo, também tem fomentado a expansão desses locais, que passam a ter novas fontes de entretenimento e negócios.

Os próprios condomínios de luxo, que estavam em baixa, têm conseguido promover uma reviravolta com esses investimentos. É o caso da Fazenda da Grama, em Itupeva, ao decidir investir em sua piscina de ondas, já impulsionada também pela demanda atípica gerada em meio à pandemia, o que possibilitou a multiplicação do valor do metro quadrado.

Há poucos players hoje capazes de realizar o desenvolvimento de bons projetos, que vão desde investimentos menores, como os parques de trampolim, até os maiores, como as piscinas de ondas. Por isso, é de se imaginar que, com esses empreendimentos se consolidando e tendo um histórico comprovado, eles poderão fazer parte de fundos imobiliários voltados justamente para explorar novas verticais, sejam ou de desenvolvimento ou com foco na geração de renda.

Com isso, o acesso, hoje ainda restrito a grupos de investimentos tradicionalmente familiarizados com a área de lazer e entretenimento, tende a se expandir.

Empreendimentos com foco em entretenimento passam, de tempos em tempos, por novos ciclos. Investidores estão sempre atentos às novidades, o que exige que esse mercado passe continuamente por reciclagens de foco e aprimoramentos tecnológicos para manter o interesse das pessoas aquecido.

Tão importante quanto, os fundos imobiliários têm tido padrões de governança cada vez mais elevados, o que contribui para que essas iniciativas se perpetuem por um período maior de tempo. Basta ver os parques de diversão nos Estados Unidos para entender como uma gestão profissional faz a diferença a longo prazo.

Tudo leva a crer que o mercado brasileiro tem um enorme potencial para seguir seus pares estrangeiros e abrir as portas para novos investidores desfrutarem dos retornos da grande indústria do entretenimento, sejam eles financeiros ou pessoais.

May 16, 2024

Sumário


Por Itrês Stretegic 10 de abril de 2025
O poder transformador da ciência e da tecnologia sempre esteve no centro da nossa visão de futuro. Mas uma recente viagem, com o objetivo de conhecer algumas das mais avançadas tecnologias voltadas à área de real estate, reforçou de forma definitiva essa convicção. Passei pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, e no DatacenterDynamics (DCD), em Nova York, agora em março para um mergulho nas inovações que têm potencial para reconfigurar profundamente o setor imobiliário – da infraestrutura energética aos materiais de construção, passando pelo uso inteligente de dados. Voltei com um aprendizado fundamental para quem trabalha ou investe no mercado imobiliário e de construção: embora o setor tenha como uma de suas principais características ser consolidado e até mesmo conservador, em um futuro próximo, a capacidade de inovar não será apenas um diferencial competitivo — será uma questão de sobrevivência. O boom no setor de data centers tem feito com que nosso olhar se volte cada vez mais para a questão da energia, mas trata-se de avanços que vão impactar todo o desenvolvimento imobiliário. Por isso, entre as muitas tecnologias exploradas, verificamos no DCD em Nova York os Small Modular Reactors (SMRs), pequenos reatores nucleares modulares, que chamam a atenção pela capacidade de fornecer energia limpa, contínua e em larga escala a partir de unidades compactas, comparáveis ao tamanho de um contêiner. Com autonomia de operação de vários anos sem reabastecimento, sua flexibilidade de instalação pode significar uma nova era na autossuficiência energética de grandes empreendimentos imobiliários — incluindo data centers, parques logísticos e complexos multiusos. E sem os típicos riscos das grandes usinas nucleares, já que a segurança se dá nos mesmos moldes de um equipamento de raio-x dentro de hospitais. Outra pauta de igual relevância à inserção da inteligência artificial no DCD Nova York é a da “sustentabilidade digital”. A iniciativa visa incorporar tecnologias que tornem os data centers mais verdes e eficientes, focando na redução de emissões e na conquista de créditos de carbono. Além disso, busca-se otimizar a eficiência operacional, com ênfase na redução de PUE (Power Usage Effectiveness) e WUE (Water Usage Effectiveness). Esses esforços não apenas promovem avanços tecnológicos, mas também reforçam o compromisso crescente das empresas com os critérios ESG, cruciais para o futuro sustentável do setor. Em paralelo, o desenvolvimento de chips mais eficientes energeticamente vem se mostrando essencial diante da explosão da demanda por processamento, especialmente com o avanço da inteligência artificial. Atualmente, a energia consumida por racks em data centers pode ultrapassar 100 kW — um salto exponencial em relação aos padrões de poucos anos atrás. Pesquisadores trabalham para reverter esse cenário, criando processadores capazes de manter ou até ampliar sua performance com consumo muito menor. A eficiência energética deixa de ser apenas um diferencial técnico para se tornar um pilar fundamental da viabilidade de negócios digitais e da infraestrutura que os abriga. Outra fronteira promissora está nos materiais que produzem energia. Um exemplo instigante é o estudo de um tipo de concreto com propriedades semelhantes às de um capacitor, capaz de captar e armazenar energia térmica ou vibracional diretamente nas superfícies das construções. A ideia de que elementos estruturais possam se tornar fontes auxiliares de energia abre caminho para uma arquitetura mais inteligente, autossuficiente e integrada à lógica da sustentabilidade. E se tratamos da capacidade energética para atender uma demanda cada vez maior para lidar com quantidades volumosas de dados, é a própria inteligência artificial e sua capacidade de trabalhar dados que começa a causar outra transformação no setor imobiliário. Em Boston, o MIT Sustainable Design Lab simula o consumo de energia de quase 100 mil edifícios da cidade, com base em dados geoespaciais, idade das construções, tipologias e uso do solo. O modelo permite identificar oportunidades de eficiência, planejar microgrids e redes de energia combinada e orientar políticas públicas com base em evidências precisas. Uma abordagem que inspira também o setor privado, sobretudo em projetos de larga escala, que exigem previsibilidade e resiliência. É possível entender o estágio de maturidade de cada tecnologia, seus potenciais impactos no mercado e quais áreas da cadeia imobiliária podem ser transformadas. Em um cenário de rápidas mudanças, ter informação é essencial para profissionais e empresas tomarem decisões que maximizem o potencial das oportunidades. A mensagem que compartilho a partir dessa experiência é clara: o setor imobiliário do futuro será moldado por dados, ciência, colaboração com centros de excelência e uma mentalidade de experimentação constante.
Por Itrês Stretegic 9 de abril de 2025
La Agencia Nacional de Energía Eléctrica (ANEEL) concedió autorización para la conexión al Sistema Interconectado Nacional (SIN) de proyectos que adicionarán una carga total de 479 megawatts (MW) hasta 2032, siendo 359 MW dedicados al sector de centros de datos. Los 359 MW serán distribuidos entre tres proyectos de centros de datos en el estado de São Paulo, y el restante será destinado a una empresa del ramo de bioenergia y agroindustria que implantará una fábrica en el estado de Bahia para producir etanol a partir del procesamiento de maíz. La mayor parte de la carga fue concedida a la Aurea Finvest, empresa especializada en proyectos inmobiliarios para centros de datos, que contará con una carga de 200 MW hasta diciembre de 2032 para la instalación de un centro de datos hyperscale de la Techo Centros de datos en Santana de Parnaíba. La autorización envuelve la subestação Edgard de Souza, en São Paulo, de propiedad de la ISA Energía Brasil S.A. En respuesta a la DCD, el director de ingeniería de la Aurea Finvest, Moisés de Souza, repercute la aprobación: ”En el desarrollo de un proyecto de centro de datos, la Aurea Finvest garantiza todas las aprobaciones de terreno, ambientales y eléctricas necesarias para que el centro de datos sea instalado en el lugar. En esta etapa, entregamos el proyecto totalmente aprobado, pronto para el inicio de la construcción y montajes. El Parecer de Acceso de 200 MW en Santana de Parnaíba, por ejemplo, es un marco increíble por la potencia obtenida en aquella región". La REC Bandeirantes 41 Participaciones S.A., empresa que actúa en el ramo inmobiliario para centros de datos, tuvo 88 MW aprobados para un proyecto que será instalado en São Paulo hasta julio de 2028, a través de seccionamiento de línea de transmisión de la ISA Energía Brasil S.A. La Pahlavan Ventures Threee Ltda., empresa de tecnología de la información, recibió autorización para un proyecto de centro de datos en São Paulo con carga de 71 MW hasta diciembre de 2032 y será conectado a la subestación Replan de la ISA Energía Brasil S.A. La DCD está en contacto con esas dos últimas empresas envueltas en la autorización de la ANEEL para conocer más detalles de los proyectos.
Por Itrês Stretegic 8 de abril de 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) concedeu autorização para a conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de projetos que adicionarão uma carga total de 479 megawatts (MW) até 2032, sendo 359 MW dedicados ao setor de data centers. Os 359 MW serão distribuídos entre três projetos de centros de dados no estado de São Paulo, e o restante será destinado a uma empresa do ramo de bioenergia e agroindústria que implantará uma usina na Bahia para produzir etanol a partir do processamento de milho. A maior parte da carga foi concedida à Aurea Finvest, empresa especializada em projetos imobiliários para data centers, que contará com uma carga de 200 MW até dezembro de 2032 para a instalação de um centro de dados hyperscale da Tecto Data Centers em Santana de Parnaíba. A autorização envolve a subestação Edgard de Souza, em São Paulo, de propriedade da ISA Energia Brasil S.A. Em resposta à DCD, o diretor de engenharia da Aurea Finvest, Moisés de Souza, repercute a aprovação: “No desenvolvimento de um projeto de data center, a Aurea Finvest garante todas as aprovações fundiárias, ambientais e elétricas necessárias para que o data center seja instalado no local. Nesta etapa, entregamos o projeto totalmente aprovado, pronto para o início da construção e montagens. O Parecer de Acesso de 200 MW em Santana de Parnaíba, por exemplo, é um marco incrível pela potência obtida naquela região". A REC Bandeirantes 41 Participações S.A., empresa que atua no ramo imobiliário para data centers, teve 88 MW aprovados para um projeto que será instalado em São Paulo até julho de 2028, via seccionamento de linha de transmissão da ISA Energia Brasil S.A. A Pahlavan Ventures Threee Ltda., empresa de tecnologia da informação, recebeu autorização para um projeto de data center em São Paulo com carga de 71 MW até dezembro de 2032 e será conectado à subestação Replan da ISA Energia Brasil S.A. A DCD está em contato com essas duas últimas empresas envolvidas na autorização da ANEEL para conhecer mais detalhes dos projetos.
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