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Os planos da Aurea Finvest para o setor brasileiro de datacenters

January 24, 2025
Com a crescente demanda por energia e terrenos adequadas para grandes projetos de dados, o próspero setor de datacenters brasileiro tem testemunhado o surgimento de novas empresas buscando oportunidades e oferecendo serviços no setor, entre elas as imobiliárias especializadas.

Nos últimos meses, novos players, bem como empresas estabelecidas tradicionalmente envolvidas na prospecção, aquisição e preparação de terrenos para venda a outros setores do mercado, começaram a mirar os datacenters como um novo nicho de negócios.

A Aurea Finvest, por exemplo, estabeleceu uma equipe dedicada para esse tipo de operação. Em dezembro de 2024, a empresa solidificou ainda mais sua posição ao concluir a venda para a Tecto Data Centers – pertencente à V.tal – de um lote pronto para acomodar um dos maiores projetos de datacenter do país, com capacidade de 200 MW.

Mais recentemente, ela anunciou a disponibilidade de uma área de 500.000 m² com capacidade para suportar até 800 MW de projetos envolvendo datacenters. Conforme noticiado pela BNamericas, a empresa também está levantando capital privado para complementar seus recursos financeiros existentes.

Nesta entrevista, Marcelo Hannud, CEO e cofundador da Aurea Finvest, conversou sobre esse investimento no grupo e como a empresa faz negócios.

BNamericas: Como surgiu a aposta da Aurea Finvest para o setor de datacenters?

Hannud: A Áurea Finvest é a junção de duas iniciativas no mercado imobiliário. De um lado, a Finvest, que era comandada por profissionais muito experientes em financiamento imobiliário, e de outro a Aurea. 

O Luis Cláudio [ex-Pactual e criador da Rio Bravo investimentos e da RB Capital] era o cara por trás da Finvest. A criação do CRI [securitização de ativos imobiliários] para aluguel no Brasil é algo que veio dele. Foi ele que conseguiu com que a CVM aprovasse isso. Esse foi o grande divisor de águas no Brasil para financiamento de projetos imobiliários.

Eu estava sempre do outro lado da mesa. A gente sempre esteve no lado do desenvolvimento, originação do terreno, aprovação de licenças... enfim, toda a esteira física do processo. Nossa relação vem de muitos anos, mas em mundos apartados.

O Luis Cláudio vendeu a RB Capital, sua última empresa, há uns seis anos. Ele me chamou e falou “a gente sempre trabalhou junto, porém de lados opostos. Vamos nos juntar e fazer uma empresa de desenvolvimento imobiliário, já com os mecanismos, com as ferramentas financeiras”. Aí surgiu a Aurea Finvest. 

A Aurea Finvest tem vários segmentos do mercado imobiliário. Fizemos grandes movimentos na área de logística e de prédios comerciais, mas sempre muito em off. Operamos por trás das cortinas.

E agora, em datacenters. Vimos uma grande oportunidade aí. Eu diria que a nossa grande vantagem é ser multidisciplinar e poder direcionar o canhão para aquele segmento que está mais, pujante naquele momento.

BNamericas: Quando se deu isso?

Hannud: Há uma questão de três anos, estávamos no fim da pandemia. Vimos uma movimentação grande no sentido de incremento da necessidade de potência, de capacidade. A gente veio acompanhando esse mercado, entendendo as mudanças, olhando esses movimentos fora do Brasil.

Vimos a implementação da Scala, a venda da Odata... e começamos a entender que essa dinâmica estava muito forte. Decidimos, com a nossa expertise em real estate e financeiro, mergulhar nisso.

BNamericas: No modelo de negócios da Aurea Finvest, vocês preparam o terreno e o vendem para uma empresa de datacenter? 

Hannud: Localizamos, identificamos, compramos o terreno e o regularizamos. Fazemos todas as aprovações e licenças no âmbito civil e no elétrico, de conexão com a rede de energia. Enfim, o deixamos pronto para receber um projeto de datacenter de grande porte.

Ao iniciarmos todo esse processo antes, ganhamos muito tempo. A empresa de datacenter ganha agilidade para estruturar o site e lançar em uma janela de tempo menor.

É uma estratégia agressiva. Gastamos somas consideráveis para comprar o terreno, fazer os projetos, pagar o volume. A gente inclusive projeta uma curva de consumo de energia para poder alocar essa energia dentro da empresa transmissora. Com isso, tenho o pacote 90% pronto. O que precisamos fazer é pegar esse pacote e customizar para o meu inquilino.

BNamericas: A gente sabe que datacenter tem uma demanda de capacidade de energia, inclusive ao longo do tempo, que depende muito do próprio inquilino do site. Quando você diz que projeta e estima a curva, você já tem o seu cliente antes, ou faz tudo primeiro e depois busca um cliente? 

Hannud: Eu faço uma estrutura. Digamos, um boneco. Primeiro a gente o monta e depois eu posso colocar o boneco mais para cima, para baixo, arrumar o nariz, colocar o cabelo etc., ou seja, eu deixo todos os pontos críticos equacionados e depois, indo ao mercado, faço ajustes.

BNamericas: Portanto, há uma possibilidade de, após terem comprado o terreno, preparado, feito toda a regularização e as licenças, vocês não encontrarem o cliente, ou demorarem para fazê-lo.

Hannud: É o risco do negócio. Porém, para mitigar este risco, temos uma equipe comercial e bastante profissional ativa, que em paralelo vai prospectando junto ao mercado 24 horas por dia. Além do mais, também fazemos estudos de demanda, de mercado.

Enquanto estamos prospectando novos terrenos, vendo onde é o melhor lugar para projetos de datacenter, e fazendo trabalho de base – até com prefeitos –, nosso outro time vai prospectando o que já temos. Eles vão para cima na outra ponta. 

“Olha, estou com uma área X que tem disponibilidade para 400 MW e com determinadas características que podem ser muito interessantes para o seu negócio.”

BNamericas: Foi assim com a V.tal?

Hannud: Eles estão entrando nesse mercado com os grandes e viram nosso empreendimento com grande satisfação. Eles se surpreenderam. “Não é possível que você tenha isso pronto, esta pepita de ouro.” A parceria fluiu super bem. 

A gente tinha vários possíveis parceiros para esse terreno, mas não conseguimos atender a todos. A nossa relação com o BTG Pactual [cujos fundos controlam a V.tal] é muito antiga também, o que ajudou.

BNamericas: Neste momento, vocês têm basicamente a V.tal de cliente na área de datacenter, certo? 

Hannud: Certo. A V.tal é um grande cliente. Fora isso, hoje temos 1,4 GW em projetos de terrenos imobiliários, em diferentes lugares, preparados e prontos.

BNamericas: O modelo de negócios de vocês, de prospectar, comprar, preparar e vender o terreno para datacenter, é parecido com o de outras empresas que estão entrando nesse jogo? Como o da Supernova, em parceria com a Mapa Investimentos?

Hannud: Eles fazem algo muito parecido com a gente. Diria que a única diferença é que eles não têm um background imobiliário tão forte e uma expertise tão estruturada como a gente.

BNamericas: A Mapa Investimentos tem vários projetos imobiliários... 

Hannud: Sim, eles sempre foram um grande investidor, fizeram grandes projetos como investimento. Mas nós somos mais executores. A gente faz, executa, cria o projeto. É um passo além.

BNamericas: O que já se pode dizer do terreno de 800 MW em Sumaré?

Hannud: Estamos chamando esse projeto de Data City. É um nome interno, provisório, algo que costumamos fazer para cada projeto. Estou em viagens frequentes, dentro e fora do Brasil, para conversas com potenciais clientes hyperscalers, inclusive em parceria com potenciais operadores.
January 24, 2025

Sumário


Por Itrês Stretegic 20 de março de 2025
O Brasil está diante de uma oportunidade única para se consolidar como um hub global de data centers. Os fatores que impulsionam essa transformação já estão postos e indicam um cenário promissor. Mas, apesar de enorme potencial, ainda falta uma percepção mais ampla por parte de players internacionais sobre as vantagens estratégicas que o país oferece. Com um mercado global em plena expansão, impulsionado pela crescente demanda por serviços de nuvem, avanço da inteligência artificial (IA) e digitalização acelerada da economia, a corrida está lançada. É natural que as atenções se voltem para os anúncios de gigantes como Meta, Microsoft e Google, que destinam bilhões à infraestrutura de IA – a Meta sozinha prevê US$ 200 bilhões para essa finalidade. Mas o Brasil, que já se destaca na América Latina, vem apresentando números promissores. As projeções indicam que os investimentos em data centers no país podem ultrapassar US$ 6,5 bilhões anuais até 2030, números que considero ainda subestimados. O país tem condições de capturar uma fatia maior do mercado global diante do ambiente propício para a instalação e operação de data centers. O Brasil possui vantagens competitivas únicas: uma matriz energética predominantemente renovável, baixo risco geopolítico e geológico e uma localização estratégica que facilita a conectividade com diferentes mercados. Além disso, a crescente digitalização da economia e o aumento da demanda por serviços baseados em nuvem fortalecem o cenário positivo para o setor. A seguir, destaco alguns dos principais fatores que consolidam essa vantagem competitiva. Energia e localização : Com o crescimento exponencial da IA, a dinâmica da localização dos data centers está mudando. Antes, a proximidade com centros urbanos era essencial para garantir baixa latência no processamento de dados. Agora, os chamados data centers hyperscale, voltados para o treinamento de modelos de IA, demandam volumes colossais de eletricidade, tornando a disponibilidade de energia o fator mais crítico na escolha do local de instalação. O Brasil, com sua matriz energética limpa e abundante, tem uma grande oportunidade nesse novo cenário. A instalação desses centros em regiões com alto potencial de geração de energia renovável pode posicionar o país como um polo estratégico para esse segmento específico. Complementaridade com os EUA : Os Estados Unidos continuam sendo o maior mercado consumidor de serviços de data centers e recentemente anunciaram um pacote de US$ 20 bilhões para incentivar o setor. Em vez de uma competição direta, há uma complementaridade natural entre Brasil e EUA. Enquanto os americanos enfrentam desafios energéticos crescentes, o Brasil pode se posicionar como uma solução viável, oferecendo energia limpa e capacidade de expansão para suprir parte dessa demanda. Incentivo a investimentos : Embora o setor de data centers seja fundamental para a economia digital, o financiamento virá, prioritariamente, da iniciativa privada. O governo pode desempenhar um papel crucial facilitando o ambiente de negócios, reduzindo burocracias e oferecendo incentivos fiscais que tornem o país mais competitivo. Os sinais mais recentes são positivos. O ministério de Minas e Energia anunciou um decreto-lei para incentivar a instalação de data centers na região Nordeste. A proximidade dessa região com cabos submarinos conectados aos Estados Unidos e sua crescente geração de energia renovável são fatores favoráveis. De forma complementar, o país ainda pode utilizar o eixo já consolidado São Paulo-Campinas para atrair investimentos para o setor. Uma abordagem eficaz seria atrelar investimentos nessa região a compromissos proporcionais em outras áreas, como o Nordeste, garantindo uma expansão equilibrada e sustentável do setor. O momento é propício para a adoção de uma estratégia nacional equilibrada, fortalecendo novos polos tecnológicos. É necessário um esforço contínuo para divulgar as vantagens do Brasil no mercado global. Parcerias com big techs e eventos internacionais já têm ajudado a posicionar o país como um destino estratégico. O momento é agora. Com planejamento estratégico e ações concretas, o Brasil vai liderar a transformação digital na América Latina.
Por Itrês Stretegic 18 de março de 2025
O mercado de data centers segue em franca expansão globalmente, impulsionado pela crescente demanda por serviços de nuvem, o crescimento exponencial da inteligência artificial e a digitalização da economia. No Brasil, como já citei neste espaço, as projeções indicam investimentos robustos, que podem ultrapassar os US$ 6,5 bilhões anuais até 2030. Com um mercado já aquecido e em pleno desenvolvimento, a cooperação entre governo e setor privado pode potencializar ainda mais esse movimento, tornando o Brasil um dos principais destinos globais para esse setor. O Brasil possui um diferencial competitivo significativo em relação a outros mercados: matriz energética predominantemente renovável, baixo risco geopolítico e geológico e uma posição geográfica estratégica. Tem tudo para ser alvo preferencial para investidores internacionais e liderar a corrida para atrair investimentos em data centers em relação a outros países emergentes da América Latina. Chile, Colômbia e México estão bem-posicionados nesta disputa e, recentemente, Argentina também demonstrou interesse em entrar na corrida impulsionada por políticas de incentivo. Desta maneira, o recente anúncio pelo Ministério de Minas e Energia de criar um decreto-lei voltado a incentivar a instalação de data centers no país é um passo positivo e para o qual os interessados no setor devem mirar todas as atenções. Uma ação alinhada entre setor público e mercado pode potencializar ainda mais os ganhos para quem investir em data centers. Alguns pontos específicos merecem atenção. O primeiro é a importância de que a estratégia seja de expansão nacional. O noticiário tratou do foco que o governo vai procurar dar para o Nordeste, que tem, sem dúvida, muitos fatores vantajosos, como a proximidade com cabos submarinos conectados aos Estados Unidos e a crescente geração de energia renovável. No entanto, para que o Brasil se consolide como um polo global de data centers, é necessário um plano equilibrado que valorize tanto os centros já consolidados, como o eixo São Paulo-Campinas, quanto o potencial de outras regiões. Uma possível solução seria atrelar os investimentos no Sudeste a compromissos de desenvolvimento em outras regiões, garantindo que novos projetos se expandam de forma harmoniosa pelo território nacional. Dessa forma, o governo pode, por exemplo, a cada novo investimento no eixo São Paulo-Campinas, condicionar um valor proporcional no Nordeste ou em outras regiões e, com isso, estimular a descentralização sem comprometer a atratividade do Brasil como um todo. A ampliação dessa estratégia não apenas fortaleceria o setor como também consolidaria a posição do Brasil como um destino preferencial para investimentos desse porte. Outro ponto que merece a atenção é a diversificação para a qual os projetos de data centers têm avançado. Com a ascensão da inteligência artificial, a localização dos equipamentos se torna menos dependente da proximidade com centros urbanos e mais dependente da disponibilidade de energia elétrica confiável e abundante. Os chamados data centers hyperscale, voltados para o treinamento de modelos de IA, consomem volumes colossais de eletricidade, tornando estratégica a implantação dessas infraestruturas em regiões com ampla geração de energia limpa. Outro fator determinante para o crescimento desse setor no Brasil é a sua relação com os Estados Unidos. O novo governo americano acabou de anunciar um pacote de investimentos de US$ 20 bilhões para o setor de data centers. Em vez de uma competição direta, há uma complementaridade natural entre os dois países. Os EUA seguem como o maior mercado consumidor desses serviços, mas enfrentam desafios energéticos crescentes. O Brasil pode se posicionar como uma solução viável para essa demanda, captando investimentos que expandam a capacidade de processamento de dados da América Latina e reduzam a pressão sobre a infraestrutura norte-americana. O momento é de avanço e consolidação do Brasil nesse mercado. A criação de incentivos fiscais, a redução de tributação sobre equipamentos essenciais para data centers e a implementação de políticas que facilitem a entrada de novos investidores são medidas que podem favorecer ainda mais o crescimento do setor. A colaboração entre governo e mercado vai acelerar esse desenvolvimento, garantir que o país capte os melhores e mais relevantes projetos e consolidá-lo como um hub digital de referência na América Latina.
Por Itrês Stretegic 20 de fevereiro de 2025
As obras do aeródromo Campo de Bagatelle, localizado em Sete Lagoas, na região Central do Estado, foram iniciadas no começo deste mês, segundo o diretor de Desenvolvimento e sócio da Aurea Finvest (idealizadora do projeto), André Pompeu dos Santos. “A ideia era começar em janeiro, mas foi um período chuvoso. Só que, ainda assim, estamos dentro do cronograma”, diz. Com um investimento de R$ 100 milhões, o projeto conta também com um condomínio de casas fly-inn (conceito de casa com hangar em condomínios aeronáuticos). O valor vai viabilizar a infraestrutura da pista de pouso, o hangar FBO (Fixed-Based Operator ou operador de base fixa), bem como a infraestrutura do loteamento fly-inn. A previsão é que as obras da primeira fase do aeroporto executivo sejam finalizadas em agosto deste ano, com possibilidade de pousos e decolagens das primeiras aeronaves. No pico das obras, que deve acontecer entre os meses de abril e maio, a estimativa é que por volta de 200 pessoas trabalhem no aeródromo. O executivo conta que não teve dificuldade de encontrar mão de obra para trabalhar no empreendimento, problema destacado por vários empresários de vários setores. O Campo de Bagatelle vai contar com uma pista de 1.400 metros de extensão com cabeceiras livres, permitindo a operação de aeronaves executivas de diversos portes. Além disso, o projeto do aeródromo em Sete Lagoas inclui um hangar FBO para atender usuários da aviação executiva; hangares para locação, voltados para oficinas especializadas; escolas técnicas e serviços aeronáuticos; posto de abastecimento de aeronaves; e centro comercial e de serviços. O diretor destaca que o aeródromo surge como uma solução estratégica para proprietários e operadores de aeronaves diante da crescente demanda da aviação executiva mineira e da falta de infraestrutura adequada na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “O projeto é uma alternativa ao fechamento do Aeroporto Carlos Prates, na Capital, e a saturação da Pampulha”, frisa. Aeródromo é parte de um projeto de desenvolvimento imobiliário em Sete Lagoas Santos explica que o empreendimento é mais uma etapa de um projeto de desenvolvimento imobiliário idealizado pela Aurea Finvest, que inclui também o condomínio residencial fly-inn, com previsão do início das obras no segundo semestre deste ano, e o empreendimento logístico e industrial Eco 238, já em operação, com indústrias como a italiana Ompi e a suíça DSM Firmenich. O aporte em infraestrutura da primeira fase do projeto do Eco 238 foi da ordem de R$ 15 milhões. “Há ainda os investimentos de implantação de cada empresa”, observa. Para o executivo, está sendo viabilizado um verdadeiro ecossistema de desenvolvimento em Sete Lagoas. “O Aeródromo Campo de Bagatelle, o condomínio Fly-Inn e o Eco 238 não são apenas projetos isolados, mas partes de um complexo que impulsionará a economia local”, diz. Esses empreendimentos ocupam juntos uma área de 7,8 milhões de metros quadrados, sendo que 60% do espaço contempla o condomínio logístico e industrial e 40% é voltado para as áreas comercial e residencial. O fly-inn conta com lotes a partir de 1.200 metros quadrados. A execução e comercialização do aeródromo e do condomínio são de responsabilidade do Grupo Veredas, sediado em Sete Lagoas.
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